domingo, 17 de janeiro de 2010

"E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas,Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada..."


Ah, minhas mais belas memórias. Belas memórias, recordações, que às vezes insistem em fugir de mim, em tentarem ficar mais vagas, mais raras, mais ausentes. Eu não permito, eu brigo, eu insisto. Porque elas me pertencem, porque elas me mostram tudo de belo, tudo de excepcional que já vivi, que já senti.. Meu avô. Estou a escrever um texto expressivo em francês, e resolvi, me arriscar a escrever do meu avô, do meu querido amor. É muito difícil perder alguém tão importante, tão especial. Não me importo que algumas palavras soem "clichês". Nós precisamos, de alguns clichês. Estando tão longe de pessoas amadas, fui pega numa armadilha: sinto mais e mais a falta do meu avô. Não direi que isto seja algo de ruim.Não o é. A saudade, a ausência, é proporcional à importância de uma pessoa em sua vida, ao que você herdou, de mais precioso. E sou feliz por sentir toda esta saudade, porque compreendo o quão sorte tive de tê-lo em minha vida. E sempre antes de dormir, me coloco à recordar de momentos... E o que mais me incomoda, é que algumas memórias fiquem tão vagas. Um artifício, talvez, um truque do meu ser racional tentando poupar o meu ser emocional. Mas eu sou um ser emocional, é a minha faceta mais forte,é a que fala por mim. E de repente, flashes de momentos únicos, atravessam meu coração e chegam à minha mente, em poucos segundos..Tão rápido, que chega a doer..Uma dor não apenas figurativa, dor física mesmo. E eu me perco na grandiosidade dos meus sentimentos, do meu amor.

É uma saudade imensurável. Um amor que não se traduz.E sei que todos que o conheceram podem atestar o homem incomparável,sábio e belo que ele foi, e continua sendo em nossas vidas. E seu amor incondicional à nós. Me lembro tão bem, de um dia em que ele chegou, com toda sua ternura, me olhou e me disse que, mesmo se um dia o mundo todo estivesse contra mim, ele estaria comigo, contra o mundo todo.

Ah, vô...meu querido! Me perdoe se minhas palavras, meu modo de me expressar seja tão humilde comparado à toda sua sabedoria. Mas são plenas de amor, de ausência. E, hoje, prefiro que elas fiquem mais vagas. DEixarei às minhas memórias, apenas guardadas aqui comigo. Comigo e mais ninguém. Este é um dos meus mais preciosos presentes, segredos e pertencem apenas à mim.

1 comentários:

Anônimo,  20 de janeiro de 2010 às 06:01  

Ownnn prima ...vc expressou mto bem o sentimento...saudades tb :(
Camila

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